Passaporte digital de bateria, como funciona e por que estimulará a mobilidade para se tornar mais circular e sustentável

Tecnologia e ciência

Agora é possível rastrear informações relacionadas a baterias de automóveis. Em maio passado foi apresentado na feira de Hannover o primeiro protótipo de passaporte digital de bateria: documento eletrônico onde são reunidas todas as informações sensíveis sobre baterias de veículos. Isto é o que é exigido pelo novo regulamento da UE 2023/1542.

A lei prevê, com efeito, que a partir Fevereiro de 2027 todas as baterias de veículos elétricos, baterias de duas rodas e baterias industriais com capacidade superior a 2kWh eles devem ter um passaporte digital. Trata-se de um grande sucesso para o sector e de um passo em frente na concretização dos objectivos da transição energética. Conhecer a história de uma bateria é fundamental para ter mais consciência sobre ela impacto climático e em seu disposição.

O ciclo de vida da bateria

O passaporte digital permitirá rastrear quase todas as informações relativas a vida útil de uma bateria. O conjunto de informações coletadas nas baterias é coletado de mão em mão ao longo do cadeia de valor pelos atores que dela fazem parte, de modo a tornar mais transparente todo o processo. Especificamente, o documento conterá todos os dados relativos à composição da bateria, a lista dos materiais utilizados, as operações de manutenção a realizar, os métodos de eliminação, os detalhes relativos à quantidade de Co2 gerada e as informações a respeito os processos de tratamento e recuperação. Quase todos os dados serão públicos, mas alguns só serão visíveis para os reguladores.

Registro de bateria única

Será fundamental garantir um sistema de controlo de informação adequado. Por estas razões, a União Europeia decidiu desenvolver um registro eletrônico exclusivo de bateria onde serão inseridos todos os passaportes digitais. Na verdade, não é fácil garantir a monitorização da cadeia de abastecimento. Eles existem as autoridades de supervisão do mercado, mas estes nem sempre conseguem garantir que a troca de informações entre todos os intervenientes no cadeia de mantimentos ocorre de forma transparente e adequada. Eles precisam intervir os consórcios para facilitar o fluxo de informações do processo de fornecimento ao processo de descarte. Além disso, é fundamental que o autoridades nacionais realizar verificações aleatórias para verificar regularmente o cumprimento dos parâmetros impostos pela União Europeia.

Direitos humanos e sustentabilidade

Além dos aspectos técnico-materiais, o passaporte digital de bateria também visa verificar se condições de trabalho ao longo da cadeia de abastecimento são adequados. De acordo com os dados Unicefna verdade, apenas no Congo em 2014 havia cerca de 40 mil menores trabalhando nas minas cobaltomaterial fundamental para a produção de baterias recarregáveis ​​de lítio. Nestas áreas as crianças trabalham em média 12 horas por diasem qualquer seguro e com salários de fome. Este é um fenómeno bem conhecido das instituições e da União Europeia e estamos agora a tentar contê-lo com um sistema que exige que as empresas da cadeia de abastecimento dar uma conta às instituições todo o trabalho realizado para produzir uma bateria. Ainda não se pode afirmar com certeza se o passaporte se revelará um instrumento adequado. Contudo, pode-se dizer que, do ponto de vista sustentabilidade houve progresso.